terça-feira, 13 de outubro de 2009

Resenha Critica de Obra Visual do francês Henri Matisse


Trabalho realizado por mim, Luciana, Claudia e Juliane, da disciplina Comunicação Comparada, jornalismo.




1 - Dados Informativos.

Pela primeira vez, o artista francês Henri Emile Benoit Matisse (Le Cateau-Cambrésis, França, 1869 – Nice, França, 1954), está exposto em uma grande exposição na Pinacoteca do estado, na qual reúne cerca de 80 obras entre pinturas, esculturas, desenhos, fotos, documentos e livros ilustrados que integram importantes coleções públicas e privadas, da França e do Brasil, entre 15 delas emprestadas do Museu Georges Pompidou, o Beaubourg, de Paria, incluindo as famosas telas Nature Morte ao Magnolia (de 1941) e Nu Rose Assis (1935 – 36). Além das obras de Matisse, a exposição será acompanhada por trabalhos de outros cincos artistas da cena francesa contemporânea que dialogam direto com a obra, entre eles, curadoria de Emilie Ovaere, curadora adjunta do Musée Matisse, e assistência de Regina Teixeira de Barros, do corpo técnico da Pinacoteca do Estado.

Matisse é considerado um dos fundadores e principais representantes do fovismo. Começou a dedicar-se à pintura após terminar, em 1890, seus estudos de Direito.

A exposição explorará o processo criativo do artista, e abordará os temas fundamentais da sua trajetória. Para Matisse, a cor, a linha, o arabesco e o espaço, era uma síntese e nenhuma se destaca separadamente, mas o conjunto ou a forma em um todo. Segundo o coordenador do núcleo de montagem da Pinacoteca, Mario Bibliano, uma pintura do artista é avaliada, em média, em 20 milhões de dólares. A exposição “Matisse Hoje”, consumiu um orçamento de 2 milhões de reais e faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil.

O evento estará exposto entre os meses de setembro (05/09) a dezembro (01/12) de 2009, das 10:00 às 18:00, na Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, 2 – Centro, Bom Retiro. No valor de R$ 6,00, meia R$ 3,00 (para estudantes que apresentarem carteirinhas) de terça a domingo, sendo que aos sábados a entrada é franca.

2 - A análise dos elementos estruturais da obra.

A obra Jackie retrata a neta de Matisse em diferentes ângulos. Primeiro a obra em carvão depois nas outras obras Matisse parece simplificar a criação. Os traços são simples e suaves e não há o uso de cores, o que reforça o caráter simples. As obras apesar de retratarem ângulos e posições diferentes de Jackie remetem a quem as observa uma seqüência devido à semelhança de traços em todas as composições.

As linhas nas obras são simples e tentam captar todas as emoções de Jackie, como se fosse uma lembrança ou uma forma de Matisse matar as saudades da neta, a falta de cores faz com que as linhas tornem-se o único meio do artista retratar isso.

3 - Análise do plano conceitual da obra.

Tendo como uma de suas características principais o equilíbrio na junção das formas e cores, Matisse costumava abordar em suas obras temas corriqueiros dos homens, como mulheres, objetos, situações cotidianas, momentos que de certa forma vinham de encontro com lembranças vividas. A metalinguagem é outro tema muito abordado em suas pinturas, uma vez que o fato de transparecer a linguagem da linguagem, ou releituras de acontecimentos passados mostra o quão remitiste o autor é.

A unidade nas obras desse francês é um dos pontos de mais relação e identificação do artista com sua arte, a combinação das cores e a opção de mostrar o bidimensionalismo (nos retratos das pessoas, objetos ou situações), deixando a profundidade de lado, tornando assim suas obras mais concisas e combinatórias, tais possibilidades se enquadram na unidade das peças que apresentam formar e espaços cujo ideal é passar a consistência de tudo e não ofuscando nenhuma parte. Uma vez que para Matisse todos os pontos possuem seu destaque.

4- Análise do plano sociocultural da obra.

Se analisarmos o contexto histórico no qual Matisse criou suas obras, poderemos constatar que o artista não colocou nelas as tensões que a Europa sofria, o panorama cultural do começo do século XX se desenhava ao mesmo tempo em que se deflagrava a I Guerra Mundial, em 1914. O artista passou pelas duas grandes guerras mundiais e participou de vários movimentos modernistas (entre eles o pontilhismo e o expressionismo), mas ficou conhecimento mesmo no Fauvismo, um movimento purista, onde o artista utilizava a cor pura, sem contornos, apenas mostrando como a luz influenciava a cor, qual a sua percepção sobre a cor, que deixava a percepção da paisagem em segundo plano. Em meio às grandes transformações sociais e políticas, os fauves não tinham nenhuma posição política definida.

O pintor foi considerado juntamente com Pablo Picasso um dos mais importantes e revolucionários do século 20, dos pintores fauvistas, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade. Matisse foi evoluindo de um neo-impressionismo, mesmo que com sua simplificação dos traços e dos volumes até sua pintura buscar constantemente a pureza das formas, das linhas e das cores, com isso ele chega aos trabalhos de colagem com papeis recortados.


5 – Crítica Pessoal sobre as obras (Opinião singular do crítico). Confronto da obra com o repertório do crítico.

Pela primeira vez, o francês Henri Matisse é tema de uma mostra no Brasil. Quem já viu ou ainda vai conferir a beleza desses quadros, pinturas, desenhos, gravuras, esculturas do Matisse, vai notar que o pintor gostava de usar muito as cores, de detalhar as linhas e de por você leitor para analisar com cuidado cada obra. Suas pinceladas são fortes e vibrantes, o pintor que se sentia o próprio Deus, veio de uma época chamada fouvismo, na qual era denominado como fera, ou seja, cores vibrantes.

A maioria das suas obras visa o detalhe do corpo feminino, os mínimos traços para que o diferencie de todos. Outro detalhe muito importante que o Matisse gostava de fazer com suas obras, era pintar sobre retalhos e corta-la, para depois usa-la em outras pinturas como colagem, dando um sentido de relevo e vida nas suas obras. Ele que era um dos principais rivais do Pablo Picasso, fez com que fosse eternamente chamado de o deus da cor, em que trabalhava esses tons com todo um processo de pureza e tranqüilidade e que suas obras primas fossem identificadas por qualquer homem trabalhador cerebral.

Portanto Matisse, sempre destacou suas pinturas como simples e de fato acolhedora que fossem agradáveis aos nossos olhos, mas isso não identifica que suas obras sejam simples ou de fácil identificação. Ele fazia com essas cores e traços se tornassem vivas aos olhos dos expectadores, e dava certa programática as suas pinceladas, fazendo com que você mero olheiro tentasse detalhar ao máximo de aspectos transitais em suas obras, pois cada quadro ou escultura do Matisse tinha um pouco dele, um pouco da sua vida e das suas experiências vividas durante todas as suas épocas como pintor.



De Henri Matisse,
topicos.estadao.com.br





A mostra “Matisse
blogdaretro.tempsite.ws

Por Renato Ricarte

8 comentários:

  1. Olá Renato
    Não lhe conheço pessoalmente mas pela internet a convivência pode acontecer
    rsrs

    Sou Marcelo Cândido, sobrinho de Francinaldo, fui em C.I em julho com a família, foi bom demais!!!

    Sem querer achei seu blog pelo seu orkut, se puder visite meu blog: PALAVRINHAS, abraço
    !!!

    ResponderExcluir
  2. Oi Ricardo vc estuda na São Judas?

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. vc tem aula com o Prestes né?!

    ResponderExcluir
  5. Tenho sim, mas quem é vc, pode si identificar?

    ResponderExcluir
  6. Gostaria de saber em qual instituição de ensino você cursa jornalismo, bem como em que ano você se encontra?
    Achei relevante a descrição, foi detalhista e abordou alguns aspectos que eu desconhecia.

    ResponderExcluir
  7. Oi Patricia, faço jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, estou no segundo ano, prestes a ir ao terceiro ano do curso.

    ResponderExcluir
  8. Renato Ricarte, apesar de seu trabalho ser de 2009, vc foi muito feliz nesta explanaçao, isto foi muito valoroso para mim que estou começando agora. Sou uma pessoa que nao gosta muito de ler, mas sei que eh de grande relevancia a leitura para se fazer um bom trabalho como este seu. Parabens! Maria

    ResponderExcluir